Folha de São Paulo, 21 de março de 1999

Parcial Transcrição:

Uma confissão do Tuma Jr.:

"Como são neutralizados os que acusam autoridades corruptas"!

Exatamente, é o que tramaram contra o eng.º Sellinas que denunciou autoridades corruptas!

Vejam a seguir:

Texto parcial da entrevista Folha/Tuma Jr.

Vide abaixo, transcrição parcial:

Tuma Junior: "Se eles (os acusados), não conseguirem matar, eles vão tentar desmoralizar essas testemunhas".

Importante: É exatamente, o que foi aplicado à Georges P. Sellinas, pelos policiais acusados, para neutralizarem suas denúncias, contra autoridades federais. A desmoralização e a descredibilidade são as armas privilegiadas das autoridades corruptas!

  Romeu Tuma Jr.

A seguir a transcrição parcial do texto:

VAGUINALDO MARINHEIRO (Editor de São Paulo).

ROGEIRO SCHLEGEL (Editor-assistente de São Paulo).

PARTE DA ENTREVISTA, FOLHA/TUMA JR.

Folha - Advogados de pessoas presas estão dizendo que a polícia está montando um esquema 'Doi-Codi'. Prende, isola, chama para conversar no meio da noite...

Tuma Jr. - Não sou eu que prendo, é a Justiça. O juiz, para decretar a prisão, quer ver indícios que justifiquem no inquérito.

Porto - Criticam até a operação Mãos Limpas, da Itália, dizendo que houve abusos. Toda investigação desse porte sofre esse tipo de ataque.

Folha - "E os supostos dossiês que existiriam com denúncias contra vocês"?

Tuma Jr. - Eu já estava dizendo desde o início que isso iria acontecer. Já trabalhei e já estudei casos como esses de máfia. É sempre igual.

No começo é difícil encontrar provas materiais. Então nós temos provas testemunhais. Aí eles tentam matar essas testemunhas.

Se eles não conseguirem matar, eles vão tentar desmoralizar essas testemunhas.

Depois, tentam desmoralizar o núcleo das investigações. Na operação Mãos Limpas, eles mataram o núcleo da investigação. Isso é tática de crime organizado, e eu já dizia que tudo isso iria acontecer, mesmo antes dos atentados contra os camelos. Mas esses autores de dossiês precisam entender que as investigações não estão sendo feitas pelo Tuma, pelo Blat. Mas pela polícia, pelo Ministério Público. Se eu sair do caso, outro delegado vai continuar as investigações.

Folha - O Sr. não acha que deu pontos àqueles que acreditam que o senhor tem algo a temer com a divulgação de um dossiê, ao pedir na quinta-feira férias e afastamento do caso?

Tuma Jr. - Não, porque não sou covarde. Eu pedi férias porque estou emocionalmente cansado. Nesse estágio você corre o risco de perder o equilíbrio e uma hora dar um tapa em alguém que está depondo. Aí, vou ser acusado de torturador e tudo o que eu fiz vai por água abaixo. Por isso pedi férias. O cansaço pode levar a gente a errar no inquérito.

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